quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O ARAUTO INFERNAL - CONTINUAÇÃO


     Jamais naqueles dias acreditei que sairia, não digo ileso, mas sim inteiro, de tudo aquilo. Corria-me nas veias de certo o sangue do sacrifício. Hoje sei que o que vivi foi como a oportunidade de fazer-me oferenda pela humanidade. Não que aquela realizada no passado na cruz por Cristo não fosse em si suficiente. Não de forma alguma não é isso. O que tento dizer é que assim como Cristo, você, eu, cada um de nós somos convocados ao sacrifício.
     Não seja eu capaz de dar minha vida pelo outro e tudo se perderá. Assim como quando no deserto, desprovido de água e alimento, em meio a serpentes e escorpiões, ainda assim sobrevivi - e isto porque encontrei fonte de água fresca e pão.
     Agora presta atenção numa coisa! Olha para dentro de ti próprio, sejas imparcial contigo mesmo, não temas reconhecer em ti tua maldade. Ao contrário permita que se dispa de seus vestidos a sua alma, e sei que contemplarás o deserto no qual estive. AS mesmas areias se apresentarão diante de ti, e o mesmo sol ardente te ofuscará. E então principiarás a compreender o quero te participar.
     

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