terça-feira, 20 de dezembro de 2011

UM NOVO POEMA . . .

  PARNASO DA POESIA




    Edifica agora
    Pensamento meu,
    O que me seria ,
    Por uma morada celestial.


    E que seja esta por palácio, 
    Onde quem sabe algum dia,
    Possa vir a percorrer,
    A minha alma.


    Imensas  e sólidas colunas,
    Não dispenso.
    Bem como de todas
    As cores faço uso.


    Da natureza desde já,
    Também recolho: 
    O verdor de belas folhagens, 
    O veludo dos musgos,
    E o tecido áspero das trepadeiras.


    Não dispenso também das flores,
    Com seus sublimes aromas ...


    Tesouros também os quero,
    Pedras preciosas,  
    E metal raro:
    Ouro e prata me é necessário.


    Suntuosos aposentos quero,
    Todos eles bem ornados,
    O que de melhor arte há na terra,
    Comigo elevo.


    Que hajam sólidas paredes,
    Onde possa repousar,
    Os mais belos quadros,
    Que aqui embaixo na terra vi.


    Que haja também,
    Janelas e portais,
    Para que possa meus olhos ver,
    O firmamento em seu explendor.


    Quero cortinas,
    De tecido raro,
    E mobília também me é indispensável,
    Madeira nobre para isso assim desejo.


    Seja-me por leio,
    Um daqueles,
    Onde deuses gregos e romanos,
    Repousaram...


    Que tome posse eu de uma arca,
    Onde estarão sempre a meu alcance,
    Ornamentos suaves,
    De pedras raras.


    Tecido caro,
    Para possíveis vestes,
    Também não desprezo.


     É só isso que quero,
     E nada mais,
     Deixo cá embaixo,
     Os demais mortais.


     Solidão vertida em esperança,
     O conforto deste palácio,
     Assim me apraz.


     E serei então consolado.
     Quem sabe assim,
     Me venham nuvens brancas,
     Que hora ou outra me anunciem:
     - Há um anjo, arcanjo,
        Querubim, ou Serafim.


     Faça posse minha alma,
     De tão obra assim edificada,
     E seja ela para meu espírito,
     Por eterna morada. 








    




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