PARNASO DA POESIA
Edifica agora
Pensamento meu,
O que me seria ,
Por uma morada celestial.
E que seja esta por palácio,
Onde quem sabe algum dia,
Possa vir a percorrer,
A minha alma.
Imensas e sólidas colunas,
Não dispenso.
Bem como de todas
As cores faço uso.
Da natureza desde já,
Também recolho:
O verdor de belas folhagens,
O veludo dos musgos,
E o tecido áspero das trepadeiras.
Não dispenso também das flores,
Com seus sublimes aromas ...
Tesouros também os quero,
Pedras preciosas,
E metal raro:
Ouro e prata me é necessário.
Suntuosos aposentos quero,
Todos eles bem ornados,
O que de melhor arte há na terra,
Comigo elevo.
Que hajam sólidas paredes,
Onde possa repousar,
Os mais belos quadros,
Que aqui embaixo na terra vi.
Que haja também,
Janelas e portais,
Para que possa meus olhos ver,
O firmamento em seu explendor.
Quero cortinas,
De tecido raro,
E mobília também me é indispensável,
Madeira nobre para isso assim desejo.
Seja-me por leio,
Um daqueles,
Onde deuses gregos e romanos,
Repousaram...
Que tome posse eu de uma arca,
Onde estarão sempre a meu alcance,
Ornamentos suaves,
De pedras raras.
Tecido caro,
Para possíveis vestes,
Também não desprezo.
É só isso que quero,
E nada mais,
Deixo cá embaixo,
Os demais mortais.
Solidão vertida em esperança,
O conforto deste palácio,
Assim me apraz.
E serei então consolado.
Quem sabe assim,
Me venham nuvens brancas,
Que hora ou outra me anunciem:
- Há um anjo, arcanjo,
Querubim, ou Serafim.
Faça posse minha alma,
De tão obra assim edificada,
E seja ela para meu espírito,
Por eterna morada.
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