....A VERDADEIRA FACE DE MIM
Queria ainda perder,
Completamente o pudor,
E não envergonhar-me de ter sempre comigo,
A ânsia que sempre tive...
De cobrir de véus [ainda que diáfanos],
O que me é por feio,
Assim não me será por estupidez ou carência,
Desejar somente o belo.
Quero os regatos da verdade,
A deslizar por duras pedras,
Do que me possa ser por oculto.
E destemido contemplar então,
Possíveis revelações.
Não prescindo da santidade,
De forma alguma!
Para mim mistério mais saboroso,
Que poder sorver a alma de algum santo,
Que por pura condição,
Esparrama milagres.
E como jamais desprezei a riqueza,
Gostaria de estátua minha esculpir.
Estátua que ao se desgastar,
Pudesse vir a suprir,
Possíveis pobrezas,
Alheias às minhas.
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